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adstera

jeudi 23 juillet 2015

Sobre estrelas


A infinidade de tudo me tirava o fôlego. Cogitar o eterno ciclo de algo que não começa nem termina é terrivelmente sufocante. Pus-me então a escrever para ver o que me saía daqueles sentimentos pela caneta. Uma observação: somos faíscas. Somos gerados numa aglomeração de calor, que difere de qualquer outra forma do mesmo. Formamos então nossa constituição física visível aos nossos iguais. A medida que nos tornamos experientes, nos distanciamos de certa forma dos corpos la embaixo sendo gerados sem parar, enquanto subimos infinitamente, sem certezas, sendo carregados pelo tempo. Alguns se perdem por acaso, por atraso ou por fazer caso de se perder. Chegamos a uma etapa em que é perceptível nossa dependência do calor alheio. E quanto mais se esgota e se perde esse, vamos apagando pouco a pouco da vista breve de quem vem atrás, mais brilhantes, fortes e vivos que nós. Enfim, sumimos. Um desaparecimento muitas vezes repentino a olho nu, mas carregado daquele sentimentalismo material e medo do inevitável de quem permanece ardente. Somos como faíscas, nós humanos. Na verdade uma parte equivalente à metade de nós. Se formos falar de outras metades, que falemos com imagens coerentes. Nossas almas são como estrelas, creio eu. Que minha vasta opinião se faça humilde em tão breve observação: estrelas. Estrelas são eternas. A existência física pode deixar de ser um fato e ainda assim elas estão la, inexplicavelmente suspensas, alcançáveis Alem de nossa pequena concepção do existir. Intocáveis, porem visíveis: como ficamos, em alma, dentro dos outros. Se ha mais de uma certeza que posso observar diria as duas alem da unica mais óbvia. Metade de nós é faísca. A outra metade, estrelas.

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