“Qual é o seu nome? Django. Pode soletrar? D, J, A, N, G, O, o “D” é mudo.”
Você vive em uma época na qual a cor da sua pele determina se você serve ou é servido. Se você é uma pessoa ou objeto. Você não escolhe como nasce, chega ao mundo e é obrigado a viver perante suas regras. Por mais que queira um mundo melhor, a maioria lhe impõe suas regras, por mais desumanas que sejam. Qualquer semelhança com a realidade é não é mera coincidência. Aliás, ouso escrever que a ficção só começa no parágrafo abaixo.
Você tentou fugir com sua esposa, ambos escravos, porém foram pegos. Quando se dá conta, te separaram do amor de sua vida, afinal depois de fugirem, seus atuais donos venderam tanto você quanto ela, para pessoas diferentes. Você seria capaz de lutar por sua liberdade e ir busca-la? Lutar pela liberdade dela?
Django fará de tudo pela liberdade de sua amada.
Dirigido e escrito por Quentin Tarantino, que possui em seu currículo: Pulp Fiction, Kill Bill Vol. I e II e Bastardos Inglórios, Django Livre (Django Unchained) é um filme de faroeste de 2012. Recebeu cinco indicações ao Oscar de 2013, levando dois para casa, Melhor Roteiro Original e Melhor Ator Coadjuvante, para Cristoph Waltz. Seu elenco conta com Jamie Foxx, como Django Freeman, Cristoph Waltz, como Dr. King Schultz, Leonardo DiCaprio, como Monsieur Calvin J. Candie, Kerry Washington, como Brunhilde Von Shaft e Samuel L. Jackson, como Stephen.
O filme se passa alguns anos antes da guerra civil americana. A escravidão ainda era legal no país. Django é um escravo que estava em viagem com seu proprietário até que se depara com uma carroça de dentista, vindo ao longe, no meio da noite. Era o Dr. King Schultz. Ele está à procura de um escravo que conheça os irmãos Brittle. Quando fica sabendo que o Django os conhece, ele o compra.
Por quê? Dr. Schultz não exerce a função de dentista há cinco anos. Ele agora é um caçador de recompensas e está atrás dos irmãos Brittle para trazê-los às autoridades, vivos ou mortos. Dr. Schultz promete libertar Django assim que a missão estiver cumprida. Ele cumpre a promessa e o liberta.
O que fará Django, agora que ele é um homem livre? Com a ajuda de Dr. Schultz, Django irá tentar resgatar sua esposa. Libertá-la de seu proprietário. Será?
É difícil de pensar que, ao mesmo tempo que a nossa sociedade vem conquistando feitos importantes e evoluí com passos largos, ainda somos tão “primitivos”. Por muitas vezes fico pensando, quando vejo qualquer coisa relacionada ao tema Escravidão, que isso foi abolido há tão pouco tempo. Que há algum tempo atrás ainda achávamos que, só pela pessoa ter determinada cor de pele, ela deveria ser tratada como um objeto. Uma máquina de trabalho que era vendida e comprada. Quando não tinha mais utilidade, era descartada.
Por exemplo, nos EUA a escravidão foi abolida em 1863, há 152 anos atrás. No Brasil em 1888, menos tempo ainda, 127 anos.
Django Livre, por trás de toda a história envolvente, a ótima trilha sonora, diálogos muito bem elaborados, por trás desse ótimo filme, ele nos dá uma mísera ideia, uma ponta de iceberg, de como os escravos eram tratados. Temos muito a evoluir.
Recomendo!
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