Eu podia falar de muitas coisas para o mundo e para você, mas eu to falando de amor dessa vez. Tô falando em juntar uma mala e colocar meia dúzia de objetos e cair no mundo com você. Não tô falando daquilo que vi nos filmes e nas canções, tô falando de pegar um pote de moedas e ir dirigindo até o Rio, só pra te ver. Tô falando também de como é bom ter um colo para descansar a cabeça de vez em quando. De quando a gente se aninha no sofá e fica assistindo seriado durante o dia inteiro.
É diferente daquela vez que eu me apaixonei perdidamente, a ponto de perder o rumo de casa. Isso não era amor, era falta de tato e comodidade. Amor é quando os olhinhos brilham e o coração bate mais forte só de encostar em ti. Meu coração ainda bate forte por você, sabia disso?
Tô falando do amor e dos motivos importantes que nos fizeram chegar até aqui. O amor tá nas pequenas coisas, nas balinhas roubadas, nas gargalhadas nada contidas e nas contradições que nos matam de rir no fim das contas.
Tô falando de amor porque eu amo.
Tô falando do nosso amor.
Há algo que justifique, nesse mundo, a falta de amor? Porque o amor é lindo, a vida tá aí. Tô falando do amor que te cobre antes de dormir, que te faz cafuné mesmo no sétimo sono. Tô te mandando o meu coração, só pra você ver o que é o amor de verdade. Amor é aquele afeto exagerado quando a gente não se sente bem e o outro bate na sua porta só pra te trazer uma ou duas doses de felicidade na forma de companhia.
Tô falando daquele amor que fica de conchinha por um tempo e logo depois já está esparramado na cama, jogando as cobertas para longe e trazendo a pessoa amada para perto. É aquele tipo de amor que vai ao cinema e fica em silêncio pegando na sua mão e rindo discretamente nas melhores cenas. Tô falando de amor, porque é tanta coisa não tão legal para se falar, que eu prefiro ficar no meu canto remoendo todo o amor que eu tenho para dar e para receber. Amor nunca é demais.
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