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adstera

mercredi 19 décembre 2012

2012, Momentos – Dia 19

Dia 19 – Solte o verbo!
Sobre a maldição da humanidade
O erro é relativo e o acerto depende do ponto de vista. Aí, críticos sociais que somos, julgamos o certo e o errado. E, por meio das nossas circunstâncias e achismos, avaliamo-nos dignos de denegrir o outro. Se não concordar com isso, discuta comigo. Diga que estou errada. Mas, ei, nós somos livres para ter nossa opinião, não é mesmo? Mas ninguém jamais disse que poderíamos usar esse direito para empregar à alguém um dever. As escolhas, por mais pessoais que sejam, também refletem no convívio em sociedade. Uma das consequências (muitas vezes inevitáveis) é o preconceito, o julgamento de alguém que não está nos padrões. Na teoria é simples, ninguém deve interferir nas nossas escolhas. Mas como a sociedade lida com decisão de um jovem, estudante de 21 anos, nos últimos anos de medicina, de ser homossexual? Alguns até o chamariam de incompetente, por um pré conceito de uma evasão dos padrões. Esse é um exemplo, entre tantos outros que existem por aí. Quantos e quantos casos de xenofobia e bullying ouvimos por aí? Não estamos impunes do preconceito. É uma grande mentira dizer que não se tem. Volto a falar, na teoria, é tudo muito fácil. Mas na prática? Complicado. Sim, eu sei e admito, também estou inserida nessa. A fobia ao outro (de suas escolhas, principalmente), interfere até mesmo na nossa própria rotina. Porque o preconceito rompe a tranquilidade, enraivece a alma e impede-nos de conhecer pessoas que, apesar das diferenças, podem ser ótimas amigas. Exatamente, são diferenças e não erros. Não há nada de errado num homossexual, num negro, num muçulmano ou até mesmo no nerd da sala. O maior empecilho, na verdade, não está no outro. Está em nós. Enxergá-lo e saber como lidar com ele é um grande passo para a paz. Um discurso às vezes meio clichê, não é? Clichê porque quando descobrem isso, querem que o outro também descubra. Assim como eu descobri, não existe empecilho para quem quer mudar. Mudanças pequenas que contribuem para que o julgamento seja, por fim, algo positivo, resolvido em boas conversas e tranquilas. Ou mesmo, nem isso. Para uns, mais radicais e centrados, apenas a proximidade, já é um bom começo. Afinal, erros todos nós cometemos e, sinceramente, só são realmente erros quando nós assim o consideramos. Do resto, é palpite alheio. Ao invés de julgar o outro, saber julgar primeiro a nossa não-perfeição, nos faz bem, bem melhores. Porque, pode até não parecer, o maior erro de um ser humano, é achar-se superior para julgar o outro. Somos todos iguais com o pleno direito de sermos diferentes. O que na teoria também é lindo. E na prática... Nunca é tarde para você descobrir.

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